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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Novas regras do judo em debate

Coordenador técnico da CBJ critica a pesagem no dia anterior

A polêmica da disparidade de pesos entre atletas, que já assombra os ringues de boxe e os diversos palcos do MMA, causada pela pesagem à véspera, e não no dia...
A polêmica da disparidade de pesos entre atletas, que já assombra os ringues de boxe e os diversos palcos do MMA, causada pela pesagem à véspera, e não no dia da competição, entra agora no tatame. Tal prática prejudica a saúde.
As novidades no regulamento serão discutidas pelo comitê executivo da FIJ (Federação Internacional de Judô) antes do Mundial do Rio, que acontece em agosto, e serão reprovadas ou mantidas.
“Essa regra que permite a pesagem na véspera [das lutas] é um retrocesso. Promove injustiças, além de fazer um mal terrível à saúde”, argumenta Ney Wilson, coordenador técnico da CBJ (Confederação Brasileira de Judô).
“Se o Brasil consegue controlar o peso de seus atletas [do judô], por quê os outros países não fazem o mesmo?”. Nos Jogos Olímpicos deste ano, a confederação levou a Londres duas nutricionistas.
Desde que o boxe adotou a pesagem à véspera da luta, os pugilistas passaram a utilizar o estratagema de forçar a perda de peso, ao se submeter a fortes dietas, à diminuição do consumo de líquidos, à sauna e uso de diuréticos, entre diversos outros meios.
Após a pesagem, os atletas tratam de se reidratar. Alguns membros de seus respectivos estafes ficam próximos à balança com isotônicos ou garrafas com sopa para iniciar esse processo rapidamente.
O resultado é que, no momento do combate, alguns lutadores sobem ao ringue com cinco quilos, ou até mais, do que seus adversários, o que torna esses duelos desiguais.
A prática de fazer o peso oscilar para cima e para baixo, tal qual um ioiô, já foi condenada por fisiologistas, que apontam que isso, no longo prazo, não faz bem à saúde. Nem no próprio dia da competição, caso elas se estendam por largo período.
Há dois pontos que foram considerados positivos pela comissão técnica da CBJ: o veto à pegada na perna dos adversários, e o tempo de imobilização, que foi diminuído.
“Agora sob nenhuma circunstância você poderá segurar a perna [do rival]. Pelo menos isso ficou totalmente claro, diminuindo a possibilidade de erro”, elogia Wilson.
De fevereiro a agosto só um árbitro, ao contrário de três, poderão permanecer no tatame. As punições mudam. Duas advertências não rendem mais yuko (pontuação mínima) para o rival do infrator. O golden score (prorrogação) perde o limite para acabar.
Jornal Floripa

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